quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Desculpa, mas... Frederico Moccia #livrodavez

Olá Olá,


eu gosto bastante de leituras ligeiras. Desculpem-me, mas acho que já temos drama, maldade, mentiras e coisas negativas quando ouvimos o telejornal. Então acabo por gostar de ler coisas leves, bem escritas que me transportem para um mundo diferente.

Aqui à uns anitos (2010 ou 2011!?) "encontrei" um livro de Frederico Moccia, Desculpa, mas vou chamar-te amor. Embora eu não conhecesse o autor nem nunca tivesse ouvido falar dele, a sinopse do livro cativou-me, pois as personagens principais têm 20 anos de diferença entre elas. E isto para mim é algo pessoal, pois os meus pais também tinham 20 anos de distância entre eles.

Num simples livro quase que podia ter acesso a algumas dificuldades que eles encontraram na sua relação. Claro que estou a extrapolar bastante, pois além de épocas diferentes eles tinham idades muito diferentes das das personagens. Mas conseguem perceber a ligação....

Desculpa, mas vou chamar-te amor, conta o inicio da história entre Niki e Alex. Toda a sua atribulada relação e o descomplicar dela. A leveza com que o autor retrata a personagem feminina é desarmante. Neste primeiro livro da história, o autor centra muito a relação nos dois, ou seja, nas lutas interiores das personagens ao terem que encarar as suas diferenças, não só na idade mas na maturidade e na forma como encaram a vida. Aos 17 anos não nos preocupamos com contas para pagar, emprego para manter e com a maldade aos olhos da sociedade. Aos 17 anos ainda temos a leveza da criança dentro de nós. Aos 37 anos temos contas, preocupações, estilos de vida e somos muito mais susceptíveis aos comentários da sociedade.

Desculpa, mas quero casar contigo, já retrata o relacionamento do casal com o mundo. Claro que tem algumas picardias internas da relação, mas o fulcral deste segundo livro é a forma como eles enquanto casal descobrem e convivem com o mundo que os rodeia. É a forma como o casal Niki e Alex, que toda a gente tinha dito que não ficavam juntos acabam por influenciar as pessoas à sua volta. Desde os amigos dele, às amigas dela. E a meu ver mostra algo muito simples, que quanto mais velhos somos, mais a franqueza que temos quando crianças desaparece e acabamos por complicar por demais as relações humanas. Enquanto crianças somos puros, em adultos podemos ser muito dissimulados. Fiquei um pouco desiludida, pois contava com maior atrito com os pais. O que não se verifica.




O que eu considero dos livros? Moccia tem uma escrita leve e para mim leve é uma escrita sem palavreado caro, sem expressões caducadas, é contemporânea e que recorre a temas actuais. São livros que lemos em pouco tempo, que não cansam o leitor com descrições enfadonhas e que não temos que nos desconstruir para perceber a época em que se desenrola a acção.

Aconselho vivamente a quem quer desanuviar a cabeça à noite, depois de um dia complicado. Em vez de verem pessoas sem pingo de vergonha e respeito na televisão, enrolem-se num cobertor no sofá e tirem uma hora.

Deve servir-se frio acompanhado de um chá quente.


Beijinhos,
FM

Sem comentários:

Enviar um comentário