quinta-feira, 12 de novembro de 2015

E quando vira filme?

Olá Olá,


muito se tem falado, ou melhor, muito se falou aqui à uns meses valentes atrás com a escolha dos actores que iam interpretar as 50 Sombras de Grey.

O meu problema, e talvez o de muitas pessoas que leem livros como eu, é a forma como nós criamos fisicamente as personagens na nossa cabeça. Com a descrição física e emocional que vamos lendo ao longo das páginas, criamos sem nos apercebermos uma imagem da personagem desde a roupa ao físico e se o autor for mesmo bom até o cheiro. Claro que cada pessoa a cria de forma diferente, tudo vai depender do momento em que nos encontramos a ler, da nossa maturidade, da nossa experiência, do meio onde estamos envolvidos, etc...

Mas e quando o livro passa para filme? Acho que quanto mais mediático o livro for, mais as pessoas se vão insurgir contra a escolha dos actores. Além disso, se cada pessoa imagina as personagens de forma diferente é impossível a escolha ser pacifica e agradar a todos.

Senão vejamos:

Orgulho e Preconceito com Keira Knightly e Matthew Macfadyen: embora seja um filme de 2005, este é um livro que não criou um mediatismo muito grande. Ok é um clássico da literatura inglesa e tem o peso que tem mas não é um livro que choque ou que mexa com os pilares da sociedade purista. Mas a verdade é que na altura (embora não me lembre muito bem) não houve muita controvérsia na escolha dos actores. E se me permitem exprimir a minha opinião (e se não queres fecha a página) o Mr. Darcy é tal e qual como eu o imaginei quando li o livro. A sua expressão taciturna e o olhar profundo e intenso com que olhava para Ms. Bennet fez com que eu adorasse a sua interpretação. Em relação a Ms. Bennet sem dúvida que me caiu no goto :)

Cidades de Papel com Cara Delevingne e Nat Wolff: ainda não li o livro (tenho lá a versão inglesa para ler) nem vi o filme. Mas lembro-me que quando saiu a informação que a Cara Delivingne ia interpretar a irreverente Margo muita gente se insurgiu dado a modelo não ter experiência como atriz. No fundo o burburinho que ouve, não foi sobre a pessoa mas sim sobre a carreira dela. Ou seja, se escolhessem outra pessoa qualquer com experiência no grande ecrã provavelmente as vozes nem se ouviam. Para mim devo dizer que foi uma estratégia de marketing perfeita.

50 Sombras de Grey com Dakota Johnson e Jamie Dornan: se a trilogia dos livros foi a bomba que foi, o filme não podia ser outra coisa. Este é daqueles exemplos que independentemente de quem fosse escolhido iria sempre sair alguém que fosse contra as escolhas. Existem pessoas para as quais queriam um filme que fosse porno (se a trilogia do meu ponto de vista não é porno como ia ser o filme?), existem aquelas pessoas que queriam menos nudez no filme (essas nem devem ir à praia) e existem aquelas que como eu se surpreenderam com a prestação dos actores. Quando li o livro admito que criei as personagens um pouco diferentes daquelas que foram retratadas no filme, além disso admito que fui muito mais pela vertente emocional que física. No filme tirando aquele ataque que existiu no elevador que senti um pouco falso e tremeliques por parte do Mr. Grey (lembremo—nos que era o.primeiro contacto físico entre as duas personagens), a verdade é que o desempenho dele muito bom. A sua evolução durante o filme foi excepcional. A Dakota sem dúvida que calou as bocas todas. A sua prestação foi, no meu ponto de vista, surpreendente.

Só dou aqui 3 exemplos diferentes porque o que não faltam são exemplos nesse grande ecrã.

Dificilmente um filme vai conseguir superar o livro (para mim claro!) mas vivemos num mundo onde constantemente somos surpreendidos. No entanto, do meu ponto de vista, dificilmente num livro mediático as escolhas dos actores vão ser pacificas. Vão existir sempre pessoas a criticarem pois cada um de nós tem o seu entendimento. E depois ainda existem as pessoas estupidas, que a única coisa que querem é aparecer, para elas a máxima deve ser "falem bem ou mal o que interessa é que falem"....



Beijinhos,
FM

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